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Vade Retrô (Album)

by Vade Retrô

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    Purchasable with gift card

     

1.
Garotas 03:19
2.
3.
Cidadela 03:00
4.
Janis 02:33
5.
6.
7.
Fim do Fundo 03:06
8.
Miss Bela 03:03
9.
10.
11.
12.
Punklê 02:37
13.
Volta e Meia 02:43
14.
P&B 04:02

about

Vade Retrô | Vade Retrô (Album)
Lançado em maio de 2011

Formação:
Diego Queijo: voz; baixo; guitarra; órgão; stylophone;
Ruan Libardoni: guitarra; violão; baixo; vocais de apoio;
Matt Thofehrn: bateria; percussão; programação eletrônica; vocais de apoio;
Participações: Augusto Damé e Alex Vaz

Mixado e masterizado por Augusto Damé no estúdio Solaris e no estúdio do curso de Produção Fonográfica UCPel, em Pelotas;
Arte por Daniel Rodales;
Fotografias por Rafaela Valente;

credits

released March 8, 2017

Comentários:
Esse disco é um recorte de um momento muito legal. Montamos a banda porque éramos universitários em Pelotas, queríamos sair para beber e ouvir música autoral ao vivo mas era muito difícil encontrar. Resolvemos criar nós a nós mesmos. Fizemos 15 músicas antes de tocarmos no nosso primeiro show mesmo sem ter nada gravado. Quando decidimos gravar, tivemos a sorte de encontrar o Augusto Damé para registrar nossas ideias mais bizarras. As baterias foram feitas no início do verão de 2010/2011 no estúdio da UCPel. O resto foi gravado no estúdio Solaris, do Damé, em pleno calçadão de Pelotas também durante aquele tórrido verão. O resultado dessa trabalheira dá orgulho até hoje. Com a internet, o disco se espalhou por aí e recebemos comentários de pessoas de vários pontos do país. Fizemos shows, saímos em blogs, coletâneas, rádios e programas universitários. Um fenômeno curto e localizado na vastidão de Pelotas e da internet, mas uma realização pessoal feita com (e para) muitos amigos. Aliás, a Vade Retrô nunca foi somente nós três, e sim todos os amigos, amigas e pessoas que conviveram conosco e não faltavam aos nossos shows. Até hoje surgem conversas sobre essas músicas e essa época. Um negócio muito legal.
Análise rápida permitida pela passagem do tempo: Mesmo com um disco legal na rua, sempre tive a sensação de que parte da cena artística local não nos levava a sério. Acredito que por certa falta de engajamento e compromisso mesmo da nossa parte com a comunidade “produtora de cultura”. Uma vez cheguei a ouvir uma entrevista de um músico local reclamando que “bandas universitárias” não deveriam tocar nos bares porque estavam tirando o trabalho de “músicos de verdade”. Ridículo. Tocávamos era pouco! Mas nosso negócio era música e festa mesmo. Azar. Fizemos rock como o rock foi e deve ser: curto, rápido, moderno a seu tempo e em bando.


1 - Garotas
Música de abertura tem que ser rápida mesmo. Esse som é praticamente todo do Ruan. No início a ideia era ele cantar. Como seria das poucas em que eu não cantaria, consegui me dedicar para fazer um baixo bem legal para ela. Notas dissonantes, letra ácida e com umas paradinhas instrumentais no meio que deixaram ela muito boa de tocar ao vivo. Uma das minhas preferidas.

2 - Cinema Fracassado
Pelotas, a cidade dos cinemas fracassados onde baluartes da sétima arte viraram estacionamentos, igrejas e supermercados. Ok! Crítica sutil, vamos fazer uma música pra pular! Ao vivo ela sempre foi porrada. Pessoal pirava bastante. Pedimos e o Damé colocou o som de uma câmera de gravação Super 8 no começo e no fim da faixa.

3 - Cidadela
“Tarutaruta, taratutara.” Chove em Pelotas e vendedores de guarda-chuva brotam no calçadão. Saudade da cidade. Ruan trouxe esse som para os ensaios. Eu e Matt aparamos tempos e arranjos e acho que sugerimos algumas coisas na letra. No fim, acabei gravando o solo de slide, que é a coisa mais massa que fiz em uma guitarra nesta vida breve.

4 - Janis
Rockinho com instrumental clichê e letra baseada em fatos reais. Romance no porto de Pelotas. Pessoas que se encontram “pela trilha dos trilhos da cidade baixa”, ou seja: Entre o Papuera e o Bar do Zé. O riff no baixo foi a única coisa roubada com convicção nesse disco. Na verdade é uma versão extremamente rápida do riff de “Slave” dos Rolling Stones. Não lembra em nada a música, mas enfim. Gravei também uma microfonia no final da ponte da música.

5 - Todo Barulho do Bar
Uma das principais músicas do disco. O mais legal dela é não ter refrão. O que era para ser o refrão na verdade é um instrumental do demônio cheio de órgãos. Gravei a maioria com um Casio baratinho mesmo. Os graves fiz com um teclado profi do Damé. O Matt gravou a bateria orgânica e teve a sacada de usar uma programação eletrônica para dar o timbre e a batida que ele queria. Isso mudou a cara da música pra melhor. O Ruan também toca aquela que considero a melhor linha de baixo do disco. Na paradinha da música coloquei um instrumento chamado stylophone. Um aparelhinho elétrico “on drugs” semelhante ao som de pequenos choques. Deu tudo certo. A letra é sobre um bar num porão que fui uma vez. A garota (negra, linda, com um cabelão) dançava sozinha atrás do balcão e demorava para servir o pessoal. Mas o lugar era tão legal, a música tão boa (acho que era a after de um show do “Los Campesinos!”, lançamento de “Romance is boring”), que ninguém reclamava. Aliás, todo mundo fazia barulho quando ela parava de dançar. Depois que lançamos o disco, numa ida a Porto Alegre o vocalista da Tequila Baby, Duda Calvin, ouviu essa música e perguntou na hora se eu tinha usado um sintetizador Moog pra gravar. Quase caiu pra trás quando disse que era um Casio comprado por 80 pila num brechó da beira do rio Jaguarão.

6 - Música Romântica
O blues da Vade Retrô. Na época a banda autoral do momento em Pelotas era a Canastra Suja, fazendo blues e um rock mais puxado para o clássico. Nós nunca quisemos ou tivemos a intenção de fazer algo parecido. Mas aí um dia fiz essa musiquinha. mostrei para alguns amigos e eles curtiram o verso “eu continuo tarado e te deixando recados”. Resolvi levar para os ensaios. Como nem eu nem o Ruan estávamos afim de quebrar a cabeça para preencher as várias deixas para solos de guitarra no som, acabamos tendo a ideia óbvia de convidar o Alex Vaz (vocalista/guitarrista da Canastra) para participar. Ele acertou em cheio. Na hora de gravar o Matt bolou o “tarado por você!” do refrão e cantou em coro com o Ruan. Acabamos auto-censurando a deixa final do refrão em que eu cantava “pra quando amanhecer, a gente foder”. Essa foi uma das músicas mais ouvidas e pedidas do disco. Lançamos o primeiro registro dela, em voz e violão, na fita cassete.

7 - Fim do Fundo
A primeira versão dela era lenta. O Matt ditou o ritmo e fizemos o riff. Considero um dos melhores solos de guitarra do Ruan, ao lado do de “Volta e Meia”. A letra foi metade inspirada numa noite de bebedeira com amigos de Jaguarão, metade inspirada em um relacionamento da época. Mas o cenário é Pelotas. “Pela avenida da cidade eu saí e não voltei, pois no gelo da esquina minha saída encontrei”. Sim, o bar Gelei já salvou minha vida. Foi nossa primeira música a tocar na Radiocom, Atlântida, RadioElétrica e outras pelo país.

8 - Miss Bela
Música cantada pelo Ruan. Fiz o backing vocal, gravei o baixo (um Sonelli semi-acústico) e o órgão que permeia. Acho o instrumental demais. Ruan sempre fez baladas legais. Talvez por ser muito lenta, nunca teve lugar para ela nos shows. Acho que apresentamos uma ou duas vezes só, ainda assim, na maior parte era só o Ruan no violão e voz.

9 - Sobras do Interior
Uma das melhores do disco. Ideia do Ruan. Ele gravou violões e guitarras, eu usei um baixo acústico e o Matt fez bateria e percussão. Ao vivo a intro ficava bem longa. Sempre tive problemas para lembrar da letra. O começo meio “western” e o personagem comum das cidades universitárias fez uma galera se identificar. Pessoal sempre comentou que a música era sobre uma pessoa vivendo na metrópole com saudade de morar no interior. Mas e se o personagem estivesse falando sobre um sentimento exposto, que deixou de estar no próprio interior?

10 - Outras Virão
Talvez o melhor riff de guitarra do disco. Música dissonante sobre uma garota que não gosta de romance. O chafariz é um retrato do ar da cidade de Pelotas sempre presente nos nossos delírios cotidianos.

11 - Alucinações de Domingo
Música com estrutura bem clichê. Riff, verso, refrão, ponte e solo. Os riffs de guitarra foram feitos por mim e gravados pelo Ruan. A linha de baixo tem uma corda arrastada por quase todo o braço. Com o andamento dos shows, o Matt criou um novo arranjo para a bateria, deixando ela mais leve e melhor, mas essa versão nunca foi registrada. A letra originalmente tinha versos em inglês, inclusive o refrão era algo tipo “we talk under wines and spirits” que na verdade tratava de pessoas sob efeitos de vinhos e destilados. Na mudança virou “vinhos e espíritos”, deixando o sentido mais mórbido.

12 - Punklê
Tocamos pouquíssimas vezes ela ao vivo. Nenhum de nós realmente gosta dela. Mas era diferente das outras, com uma letra popzinha. O Matt até montou um set de bateria específico só para ela. Aliás, uma história interessante sobre as gravações das baterias é que elas foram registradas no estúdio da UCPel. Tínhamos dois dias para gravar. No primeiro o som não estava fluindo, Matt tava insatisfeito e ficando impaciente. Não conseguiu gravar nada. Além disso, o Flávio Basso (Júpiter Maçã/Apple) ia tocar em Pelotas e apareceu no estúdio para gravar uma chamada para a TV. Tivemos que desmontar tudo. Ficamos enlouquecidos com a presença dele (Júpiter era o grande elo musical entre nós três) . No outro dia, montamos tudo de novo e o Matt gravou todas as baterias direto. Sensacional.

13 - Volta e Meia
A influência do Júpiter Maçã realmente sempre foi presente nas nossas cabeças. Essa aqui tem um belo solo de guitarra do Ruan. A letra tem um “quê” psicodélico. Usei o baixo Sonelli comprado num brechó dos arredores do Mercado Central para gravar. Os backing vocals são meus, do Ruan, do Matt e do Damé.

14 - P&B
Essa foi a última música escolhida para entrar no disco. A letra minha e do Ruan surgiu quase instantaneamente durante uma noite regada a vinho, no inverno de 2010. Mas o grande mérito musical dela é do Matt. Acho que este é um dos melhores momentos de um baterista na história da música autoral de Pelotas. Até hoje não entendi como ele passou da bateria gravada na guia (da para ouvir a versão na fita cassete) para esta monstruosidade. Ao vivo ele voava mais alto e tudo ficava ainda mais louco. Te amo, Matt.

| Bônus Links |
Teasers da gravação do disco feitos por Júlio Quadrado e Lárarson Cortelini:
www.youtube.com/watch?v=6FRW1LfGuFA
www.youtube.com/watch?v=YIhfXzcbHlA
www.youtube.com/watch?v=dp3ij4M96G0

Diego Queijo

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about

Vade Retrô Pelotas, Brazil

| Pelotas/RS;
| Diego Queijo, Ruan Libardoni e Matt Thofehrn;
| 2010 a 2013;
| Música Rock Pelotense (MRP);

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